Prosa Falsa
Seria a raiz ainda de um começo torpe
Engulo de uma tomada seu rosto eslavo e ausente
Óculos de armação larga, cheiro bem seu no sovaco
Termino então um cigarro, o rosto vidrado no teto,
a mente vazia assim mesmo
em relato oceânico de mundos gerais.
Larguei em você minhas luvas,
sumi com a boca nas curvas.
Batom na camisa, espero a pergunta.
Sem pressa ou tardar, a mulher sonha quando o dia amanhece.
Eu finjo, respiro e respondo.
Não sei se é verdade, mas digo sem pranto, presto homenagem a todo encanto: “Sim, mulher. Te amo”.